Dos 295 municípios catarinenses, 105 podem deixar de existir. São cidades com menos de 5 mil habitantes, cuja administração é considerada inviável, de acordo com um estudo realizado pelo TCE-SC (Tribunal de Contas do Estado). O levantamento foi realizado por três auditores fiscais de controle externo da Corte de Contas, em 2017, e considera dados entre 2013 e 2015.
O objetivo foi analisar como o fenômeno da fragmentação dos municípios catarinenses impacta no desempenho econômico-financeiro. A conclusão foi que, em momentos de crise fiscal, uma possível solução para atenuar os altos gastos seria incentivar a fusão desses municípios. Houve um boom de emancipações após a Constituição Federal. Até a década de 1980, o Brasil tinha 3.991 municípios.
Depois de 1988, foram criados 1.579 municípios, aumento de 39,56%. A partir dessas emancipações, houve piora nas contas públicas. Os novos endereços elevaram as despesas por habitante, sem retorno equivalente à sociedade. Em Santa Catarina, por exemplo, 96 municípios foram criados desde 88. Desses, apenas 24 cumpriram o requisito de ter população superior a 5 mil habitantes.