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Brumadinho: as últimas notícias sobre o rompimento de barragem da Vale
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Publicado em 28/01/2019

Bombeiros confirmam 60 mortos e 292 desaparecidos. Trabalhos de busca seguem nesta segunda

Siga as últimas notícias de Brumadinho em tempo real e a luta dos parentes das vítimas para obter informações . O rompimento de uma barragem da mineradora Vale na Mina Feijão, em Brumadinho, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, causou uma avalanche de lama e rejeitos de mineração que devastou parte da comunidade da Vila Ferteco, na sexta-feira, 25 de janeiro. O desastre já deixou ao menos 60 mortos e os bombeiros, que trabalham nas buscas e resgate de soterrados, estimam em 292 os desaparecidos. Além da angústia dos familiares e amigos de desaparecidos, os moradores de Brumadinho viveram novos momentos de tensão na manhã deste domingo, 27, quando por volta de 5h30 foram acionadas sirenes em regiões da cidade para indicar à população do risco eminente do rompimento de outra barragem da Vale. Algumas partes da cidade foram evacuadas e as buscas suspensas. Apenas na tarde de domingo a Defesa Civil informou que o nível de alerta da barragem B6 diminuiu e as buscas foram retomadas.

Sem informações precisas, paciência de familiares em Brumadinho se esgota: “A gente quer respostas!”

Angústia cresce com a falta de assistência neste momento delicado e reclamações sobre a Vale aumentam. Estresse subiu com alarme de que barragem poderia estourar

A tensão dos familiares de desaparecidos em Brumadinho chegou a um ápice neste domingo dentro da Estação do Conhecimento, espaço da mineradora Valeusado para receber parentes e amigos de desaparecidos após o rompimento da mina do Feijão. Já se passavam pouco mais de 48 horas desde o colapso dabarragem e a falta de informações sobre e os mais de 300 desaparecidos cadastrados pela mineradora fez um grupo de mulheres perder a paciência. “A gente quer respostas!”, reclamava uma delas. “É tudo muito vago!”, se queixava outra sobre as notícias desencontradas no espaço onde se encontram representantes da Defesa Civil. Sabe-se até o momento que há 58 mortos, e 19 identificados. À flor da pele, outra apontava a indiferença como era tratada. “Eu não estou esperando o resultado de um concurso público não! Se o meu marido não tem valor para vocês, ele tem para mim! É meu esposo, pai da minha filha, filho da minha sogra! Ele é um simples funcionário de vocês, substituível, mas para mim ele não é”, gritava uma das mulheres de um desaparecido que trabalhava como terceirizado na Vale.

 
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foi encontrado na área administrativa da Mina de Feijão e as equipes trabalhavam para realizar o resgate. A sensação de impotência de familiares diante da incerteza sobre a vida e a morte de seus parentes foi agravada por um estresse quando o dia nem havia clareado. Uma sirene tocou às 5h30 de domingo em alerta aos moradores de Brumadinho de que outra barragem próxima dali poderia estourar e eles precisariam deixar suas casas. O alarme de emergência foi acionado em toda a região da mina do Córrego do Feijão por conta do risco “iminente” do rompimento da barragem B6, após a Vale detectar um aumento do nível de água. Era mais um sobressalto para Brumadinho, acompanhado pelo Brasil inteiro. Horas depois o alarme foi reduzido. Mas a insegurança só fez crescer entre os moradores da cidade. Muitos não dormem tranquilos enquanto não têm clareza sobre a extensão das consequências do acidente. Alguns temem que outra tragédia aconteça.

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