Uma operação da Polícia Civil de Santa Catarina prendeu, nesta terça-feira (30), quatro pessoas envolvidas em um esquema de estelionatos através do golpe dos precatórios. Nesta investigação, cinco pessoas foram lesadas em mais de R$ 100 mil — apenas uma delas perdeu R$ 25 mil.
Segundo a PCSC, os criminosos residiam nas cidades de Pacatuba e Maracanaú, no Ceará, onde os mandados foram cumpridos.
Nesta investigação, cinco pessoas foram lesadas em Santa Catarina, mas os agentes também descobriram que o mesmo grupo criminoso fez vítimas em outros estados. A estratégia da quadrilha é dificultar o trabalho de localização.
O delegado responsável pela operação, Leonardo Silva, destaca que o grupo se usava de processos reais para ludibriar as vítimas. “A maioria dos alvos são pessoas idosas, que possuem precatórios a receber. Como os processos são públicos, os investigados acabaram tendo acesso e utilizando documentos verdadeiros para enganar as vítimas”, afirma.
Em alguns casos, as vítimas fizeram empréstimos bancários para custear o processo de recebimento dos valores. A transferência para os criminosos não é feita de uma só vez. No golpe dos precatórios, os falsos advogados, por repetidas vezes, pedem valores para pagamento de taxas e impostos, que variam conforme o valor a receber.
Nesta fase da Operação Precatório Fake, a PCSC mirou o núcleo financeiro da quadrilha, identificando 10 pessoas envolvidas no esquema. Quatro delas foram presas.
Dos valores recebidos, 10% ficavam para o proprietário da conta física, como uma espécie de ‘pagamento‘. Alguns envolvidos fizeram saques dos valores para dificultar a identificação. Outros, optam por transferências via PIX para contas pessoais.
O restante do valor é encaminhado para contas bancárias utilizadas pelos líderes do esquema criminoso. Os outros dois presos na ofensiva são responsáveis por intermediar esse repasse.
Segundo o delegado, os indivíduos presos não possuem antecedentes criminais. Eles serão indiciados por estelionato e organização criminosa. Por serem vítimas idosas, pode haver aumento de 1/3 na pena.
Fonte: ND+