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AVC já matou mais de 4 mil brasileiros apenas em setembro
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Publicado em 28/09/2022

AVC (Acidente Vascular Cerebral) matou 4.236 brasileiros entre 1 e 20 de setembro deste ano, equivalente a 211 óbitos diários. Os números de vítimas por AVC são maiores do que as mortes registradas no mesmo período por infarto (4.045) e Covid-19 (503).

O derrame é utilizado para descrever o AVC, que pode ser de dois tipos: hemorrágico e isquêmico. Quem explica é o neurocirurgião do Baía Sul Hospital, Dr. Jorge Moritz.

A doença atinge cerca de 16 milhões de pessoas por ano em todo o mundo e é a segunda maior causa de mortes no Brasil, próximo aos 100 mil óbitos anuais. Em 2022, a doença vitimou 80.149 pessoas. Em 2019, entre janeiro e setembro, foram 74.833 casos e, em 2021, 78.109 mortes.

“Geralmente, o acometimento do derrame é súbito, e os sintomas mais comuns são déficit motor, com dificuldade para mexer um dos lados do corpo, como o braço e a perna, formigamento em um dos lados do corpo, assimetria da face, distúrbio da fala, que é a dificuldade de formular uma frase e dialogar, cefaleia súbita e tontura, problemas na visão, entre outros”, alerta o Dr. Jorge Moritz.

De acordo com o neurocirurgião, o AVC hemorrágico é menos comum e acontece em cerca de 15% dos casos, geralmente em pacientes que já têm problemas relacionados à pressão alta, diabetes e colesterol alto, facilita a ruptura de uma veia ou de uma artéria, o que provoca uma hemorragia cerebral.

No caso do AVC isquêmico é a interrupção do sangue em determinada área do cérebro e possui mais ou menos os mesmos fatores de risco. Além disso, de acordo com o médico, também há pacientes que têm como fator de risco o histórico familiar.

O consumo excessivo de álcool e uso de drogas ilícitas, que atuam na ativação da função cardiovascular, podem provocar ambos os tipos de AVC.

O atendimento ao paciente com AVC deve ser realizado o mais rápido possível para evitar a morte do tecido cerebral. “No Hospital Baía Sul, por exemplo, temos uma equipe multidisciplinar que oferece agilidade no atendimento. Após o tratamento, os pacientes são acompanhados por até cinco anos pela equipe do hospital, que monitora a evolução e recuperação”, comenta o neurocirurgião.

 
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