Por telefone, o profissional da equipe dos bombeiros voluntários de Vitor Meireles conseguiu ajudar uma mãe e um pai a salvar a filha, de 9 meses, que havia se engasgado com saliva na noite de segunda-feira (21), no interior do município, na localidade de Ribeirão das Frutas. A mãe tinha acabado de dar banho e vestia a criança quando ela ficou sem ar, por volta das 19h50.
Felizmente, a história da pequena Micaela Kersbaumer, de 9 meses, teve um final feliz. Ela, que não gosta muito quando a mãe passa o body pela cabeça, tinha acabado de tomar banho. Ao tentar chorar, como de costume, não conseguiu. Segundo a mãe, Laura Kersbaumer, a pequena se engasgou com a própria saliva e já não conseguiu respirar.
“Ela ficou roxa, começou a virar os olhinhos, não respirava mais e só tremia a boca. Eu comecei a chamar pelo nome dela, mas minha pequena não reagia. Chamei meu marido rapidamente e só consegui pensar em ligar para o Jeferson, que é bombeiro”, conta a mãe, agora aliviada.
Bombeiro realiza técnica de salvamento por telefone pela primeira vez
O socorrista, Jeferson Pawlack, já tinha encerrado o expediente e estava em casa lendo um livro sobre proteção ao meio ambiente, disciplina de uma pós-graduação, quando recebeu a ligação da mãe desesperada. Segundo ele, ela estava tão nervosa que não conseguia explicar o que estava acontecendo.
“Quando atendi, já pude ouvir os gritos de desespero da mãe, me pedindo pelo amor de Deus que ajudasse ela porque a menina estava toda roxa e ela não conseguia ajudar. Tentei transmitir tranquilidade, para ela conseguir ouvir as orientações”, relembra Jeferson.
Ele conta que essa foi a primeira vez que ele transmitiu as técnicas de salvamento por telefone. “Eu já havia realizado presencialmente, inclusive com o meu filho, mas nunca por telefone”, enfatiza.
A mãe, de tão nervosa, não conseguiu concluir os procedimentos e ativou no telefone o modo viva-voz, quando o pai da bebê Micaela, Claudinei Daltoé, assumiu o controle da situação.
“Eu orientei para que ele virasse a criança de barriga para baixo na palma mão esquerda, levemente inclinada para baixo e dando leves compressões ou batidinhas nas costas, na linha do ombro, até ela voltar”, relembra Jeferson.
Segundos depois, do outro lado da linha, Jeferson ouviu o choro da criança e a mãe tentando acalmá-la. Segundo ele, durou aproximadamente um minuto e meio da hora que ele atendeu a ligação até a criança chorar.