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Pesquisadores de SC usam amostras de esgoto em busca de novas variantes da Covid-19
Novidades
Publicado em 06/12/2021

Um grupo de pesquisadores de Santa Catarina colhe amostras de esgoto em 16 municípios em busca de identificar novas variantes e monitorar a situação do coronavírus no Estado.

Foi exatamente dessa forma que o grupo da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) identificou que o vírus já circulava em Florianópolis desde o fim de 2019.

De acordo com a coordenadora do projeto VigEAI (Vigilância Epidemiológica Ambiental Integrativa), Gislaine Fongaro, o estudo utiliza águas residuadas, ou seja, esgoto bruto e mistura de água da chuva, por exemplo.

“É possível estudar focos, alvos, viroma e todos os vírus podem estar ali. Além disso, ainda é possível prospectar novos. Um dos principais zoonóticos que circulam em humanos e animais são os mais preocupantes porque historicamente são os causadores de pandemias e epidemias”, explica Gislaine Fongaro.

Além da possibilidade de identificar novas variantes, o projeto é importante, também, no monitoramento da situação do coronavírus pontos de cidades de Santa Catarina.

De acordo com a pesquisadora, quanto maior a concentração viral no esgoto bruto, sabe-se que a circulação do vírus aumentou. Sendo assim, a informação pode ser útil para o controle sanitário.

“Se a coleta em um ponto de Florianópolis mostra que essa carga viral aumentou, isso quer dizer que lá existe um foco de casos de Covid-19. Assim conseguimos questionar se a cobertura vacinal está sendo ágil naquele lugar ou se precisamos avançar no enfrentamento e questionar como está sendo feito o combate”, exemplifica a coordenadora do VigEAI.

Vale ressaltar que são 16 municípios catarinenses que contam com até quatro pontos de coleta de esgoto e as amostras são repassadas de forma mensal em conjunto com as empresas de tratamento de esgoto da região.

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